terça-feira, 20 de abril de 2010

'Ficha Limpa' na política...

Referente ao projeto de lei que barra a candidatura de pessoas condenadas judicialmente, tenho a dizer que mesmo surgindo ‘muito muito muito muito’ tarde, essa medida ainda chega em boa hora e é um enorme passo em direção à moralização da política brasileira. A campanha ‘Ficha Limpa’, idealizada pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral é um grito de basta às canalhices arraigadas no caráter de uma imensidão de agentes políticos. Pois bem, agora, dizer que o projeto é fruto de mobilização do povo é uma balela, demagogia pura. Infelizmente, nesse país, o povão sempre foi conivente com as mazelas do Poder Público. É isso mesmo. Conivente, cúmplice, conluiado...

O povão é um dos principais culpados pela vergonhosa situação que chegou a política, porque, além de assistir inerte a bandalheira que fazem com o dinheiro público, ainda brinda os cafajestes os outorgando um mandato. Ou eu estou falando alguma mentira? Não vou citar nomes, mas só de deputados federais, por exemplo, São Paulo tem mais de 20 com problemas na Justiça, e muitos reeleitos por diversas vezes. Ai eu pergunto: quem vota neles? Se o brasileiro fosse mesmo um povo consciente e tivesse um pouquinho de capacidade de discernimento, não seria preciso esse tipo de projeto no país, visto que o próprio eleitorado saberia selecionar com bastante critério os candidatos que merecem representar a população. Como ainda não chegamos a esse nível de excelência, somos obrigados a esperar pela boa vontade do Congresso em votar a medida. Se é que isso vai acontecer. Por isso eu digo, a campanha Ficha Limpa é mérito de poucos corajosos que não se calaram diante das picaretagens e saíram em busca de assinaturas para propor esse projeto de iniciativa popular. A verdade é que o único esforço que o povão fez para contribuir foi colocar o nome no abaixo-assinado. Pelo menos já é alguma coisa, não?

Por fim, digo que o projeto Ficha Limpa não surge apenas para moralizar a política no Brasil, surge também para abrir os olhos e aflorar o espírito de cidadania do povão. A parada é séria, o processo é lento e contínuo, mas a gente chega lá!

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