domingo, 27 de dezembro de 2009

Salve-se quem puder...

Quero sugerir ao governo brasileiro que baixe um Decreto revogando o direito dos cidadãos de bem, repito, CIDADÃOS DE BEM, de ‘ir e vir’ durante algumas datas comemorativas do ano (Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, Finados ou Dia das Crianças, Natal ou Reveillon). Recomendo que esse Decreto ordene, durante estes períodos, que as pessoas se enclausurem em suas casas, liberem o campo para a bandidagem agir livremente e fiquem sempre a postos, caso os marginais precisem de uma ajudinha. Funcionaria mais ou menos assim: se o marginal quiser roubar, deixo-o roubar, entregue tudo, sirva-o um cafezinho e não diga uma só palavra a não ser sim, senhor! Caso ele opte por traficar, muito bem, ofereça sua garagem ou a cozinha para serem utilizadas como ponto de vendas e até mesmo como fumódromos e cheiródromos. Em caso de seqüestro, não pense duas vezes, forneça seu quarto para o cativeiro. Com a nova regra, ficaria expressamente proibido recusar auxílio aos bandidos e seria inaceitável a comunicação dos fatos à polícia. O cidadão de bem, trabalhador, pai de família e pagador de seus impostos que infringisse as regras estaria sujeito a uma pena de, no mínimo, 30 anos de xilindró sem progressão de pena. Tá pensando o quê? Cidadão de bem aqui não tem vez, oras!

Pois bem, viajei na imaginação só para dizer que enquanto nesse país houver benefícios para presidiários, como esse tal de indulto (dispensa temporária), certamente continuaremos a assistir muitas barbáries. Além de grande parte dos condenados não retornar às detenções, outros tantos mal deixam a cadeia e já voltam a cometer crimes, como aconteceu no último dia 23, no Recife. Na ocasião, um preso, liberado para passar as festas de fim de ano em casa, foi flagrado realizando seu quarto assalto do dia três horas após deixar a cela. Por isso eu digo. Esse tal de indulto para presos é um tapa na cara da sociedade, uma vez que o sistema carcerário brasileiro não ressocializa ninguém. Aliás, só piora. Poucos são os detentos que se regeneram depois de passar alguns anos ‘vendo o sol nascer quadrado’. Se o nosso Código de Execuções Penais continuar permitindo essa palhaçada, infelizmente será mais uma derrota da sociedade para as “maravilhosas e eficientes leis deste país”. Os olhos negligentes dos nossos governantes é o cancro que piora a vida em sociedade. E viva a bandidagem!

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