O mensalão DEMoníaco...

Prometo, não vou me estender nesse assunto. Só quero mesmo é teclar algumas linhas para não ficar com peso na consciência. Sinceramente, eu não fiquei nada chocado com as cenas do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda e seus asseclas recebendo dinheiro de empresas privadas para sua campanha, em 2006. Detalhe: grana que não teria sido declarada à Justiça Eleitoral. Pois bem, as histórias de corrupção no Brasil se tornaram tão corriqueiras, mas tão corriqueiras, que as imagens já nem convencem mais. O telespectador pensa que está assistindo a um ato ilícito praticado por políticos, PENSA, mas na verdade tudo não passa de miragem. Um pegou a grana e guardou num envelope, outro ‘muquiou’ nas meias e o outro escondeu na cueca. Não, mas para os envolvidos as cenas são mentirosas. O que o telespectador está tendo mesmo são delírios e alucinações. Nada daquilo aconteceu. Ai eu pergunto: é brincadeira? A ‘arte de negar’ idealizada pelo incorruptível Paulo Maluf virou mesmo clichê nos discursos da classe política brasileira. Achei sensacional uma crônica do jornalista Arnaldo Jabor, no qual dizia que “o Maluf tem importância jurídica, porque ele acabou com a idéia de provas. Nada prova nada. A sua negação é tão absurda que a gente acaba ficando na dúvida”. É isso mesmo. A ‘cara de pau’ e o ‘poder de convencimento’ desses camaradas são tão absurdos, mas tão absurdos, que é capaz de desqualificar qualquer prova audiovisual. E se nem mesmo as gravações estão servindo para incriminar os políticos corruptos, o que mais será necessário então? O simples fato do governador, deputados e outros safados aparecerem nas imagens recebendo dinheiro em espécie já é um ato passível de suspeição. Se a grana era mesmo legal, por que será que eles não optaram em fazer uma transferência eletrônica ou um DOC bancário? Espero que a polícia e a Justiça ajam rapidamente e punam esses camaradas, porque se depender desse povo fanfarrão todos os envolvidos nesse escândalo serão perdoados e receberão como prêmio a reeleição em 2010. Infelizmente, o manjericão da marguerita já está cheirando!