Acabou a moleza. Após um curtíssimo período de descanso estou de volta. Espero que vocês tenham passado muito bem e ilesos as festas de final e início de ano. Feliz 2010! Pois bem, no primeiro post do ano novo quero ponderar um pouquinho sobre o filme do nosso digníssimo presidente. Confesso que eu estava babando de vontade de assistir “Lula, o filho do Brasil”. E neste final de semana resolvi ir ao cinema para saciar o meu interesse. Bom, logo na chegada uma fila quilométrica serpenteava pelo saguão do shopping. E não era pra menos. Com Avatar, Lua Nova, 2012 e Atividade Paranormal em cartaz, além das estréias de Sherlock Holmes, Alvin e os Esquilos 2 e Xuxa, só poderia dar nisso. Imaginava eu que pelo menos uma porção daquela gente toda estaria disposta a conhecer um pouco da história de vida do presidente da República. Ledo engano! Apenas meia dúzia de gatos pingados se propôs a acompanhar a sessão. ‘Nunca antes na história desse país’ eu havia assistido a um filme com uma sala tão vazia... rsrsrsrs. Já até andei lendo em algumas colunas por ai que esse filme está sendo um fracasso de bilheteria. Infelizmente, a nossa sociedade continua valorizando muito pouco as produções nacionais. E quando essas produções abordam temas políticos então...
Em minha avaliação, o longa-metragem dirigido por Fábio Barreto cumpre com êxito o seu objetivo de retratar algumas passagens importantes da vida do presidente. O filme revela detalhes interessantes da infância de Lula ainda no interior de Pernambuco e de sua adolescência já em São Paulo, mostra como foi o seu ingresso na profissão de metalúrgico, como ele se tornou o maior sindicalista do Brasil, entre muitas outras curiosidades. Diferentemente do filme “2 Filhos de Francisco”, autobiografia da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano (muito boa por sinal), o filme do Lula é recheado de passagens históricas do nosso país. A principal delas são os 20 anos de regime militar, período que foi marcado pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra a ditadura.
O filme não é uma sumidade das produções nacionais, mas também não é descartável. Minha nota, 7,5. Vale a pena conferir. Agora, para aqueles que se dizem apolíticos, que vociferam pra todos os cantos que odeiam política, a sugestão é que continuem engolindo os enlatados americanos. Vá em frente!